25/03/2008

Livro: No Guidão da Liberdade

Antônio Olinto, um advogado brasileiro, não havia nem andando de avião, porém tomou uma decisão drástica: iria viajar por toda Europa de bicicleta! Foram três anos e meio pedalando pelo Velho Continente que renderam muitas estórias, as quais são contadas no livro No Guidão da Liberdade - A Incrível História do Brasileiro que Fez a Volta ao Mundo em Uma Bicicleta. São doze capítulos divididos em várias partes, as quais correspondem a cada cidade visitada por Antônio.

“Sempre me senti atraído pelo novo.A idéia de fazer uma grande viagem durante muito tempo por países distantes me fascinava. Em busca da concretização do velho e comum sonho de viajar pela Europa, arrisquei tudo para realizar uma viagem de bicicleta por um ano, pelo principais parques nacionais da Europa”, diz o ciclista.

Editora: Juruá Editora
ISBN: 9788536214641
Número de páginas: 258

24/03/2008

A importância do ISSN e do ISBN para a identificação dos livros

O leitor talvez se pergunte o motivo de se um tipo de código nos livros. Talvez, após o post anterior, a necessidade tenha ficado mais clara. Mas vamos às explicações. Um ISSN (International Standard Serial Number) é um número padrão, composto por oito dígitos, ele é uma identificação única e é dado a publicações seriadas, como jornais, anuais de congressos, séries de monografias, entre outros.

O sistema de coordenação internacional do ISSN fica em Paris, mas o Brasil é cadastrado neste centro internacional e representado pelo Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia (IBICT), mesmo que o ISSN não seja obrigatório aqui. Os procedimentos para o cadastramento estão no site: http://www.ibict.br/ .

A diferença do ISSN para o ISBN (International Standard Book Number) está no fato de que o último é utilizado para livros ou outras publicações que não tem continuidade, não seriadas. O uso de um, não exclui do outro. A distinção é que o ISBN se organiza segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Como pode ser convertido em código de barras, não tem problema de barreira lingüística ou outro procedimento. Por essa razão, quando se procura um livro estrangeiro em uma livraria, às vezes, é mais fácil dar o número do ISBN do que dizer o nome do livro. O ISBN é controlado por uma agência nacional, cujo representante no Brasil é a Fundação Biblioteca Nacional, desde 1978.

23/03/2008

Livros com títulos iguais, mas conteúdos diferentes

Os títulos são um dos componentes que diferenciam os livros, certo? Nem tanto. O site PaperCuts mostrou como obras com nomes quase idênticos confundem o leitor e, certas vezes, são bastante distintos. É o caso de Invisible man, escrito por Ralph Ellison e The Invisible man, cujo autor é H.G. Wells. O primeiro fala sobre a identidade afro-americana após a Guerra Civil e foi o único publicado durante a vida de Ellison, tendo ganho o National Book Award em 1953. Enquanto o segundo, trata-se de uma ficção científica escrita em 1897 por um inglês; a estória se passa num vilarejo chamado Iping de Sussex Ocidental e conta a estória de um cientista que descobre a fórmula da invisibilidade e resolve se fazer de cobaia. Em português os dois são intitulados: Homem invisível.

March: a novel (escrito por Geraldine Brooks) e The March: a novel (E. L. Doctorow) são obras literárias que se passam durante a Guerra Civil. Há casos em que os nomes são completamente idênticos. É o caso de Dark Harbor, os quais são obras de suspense; sendo Stuart Woods autor de um e David Hosp de outro.

As “coincidências” seriam atribuídas ao fato de os títulos não serem protegidos pelos copyrights. E, isso faz com que outros atributos dos livros, como o ISBN sejam indispensáveis na hora de procurar as obras.

22/03/2008

Compre apenas as páginas que interessar

Os e-books não são mais uma novidade, já podem ser encontrados em vários sites, comprados e até de graça. Mas se a pessoa se interessar em apenas algumas páginas, alguns capítulos, o que fazer? Na loja virtual da Editora Juruá é possível comprar apenas as páginas que o internauta quiser. Estão disponíveis 936 títulos, nas áreas de Administração, Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia, Psicologia, entre outras, como Personalidades, Viagens e Turismo.

“Para criar um serviço justo onde o cliente pague apenas pelo que ele utilize, adotamos a política de cobrar apenas as páginas de conteúdo do livro, sendo o restante gratuito. Os itens de acesso livre são: capa, sinopse, sumário, índice alfabético, bibliografia, introdução, dedicatórias e algumas outras páginas internas para as quais julgamos não ser necessária sua cobrança.”

Saraiva compra a Siciliano

Após um ano de negociações, a livraria Saraiva comprou a Siciliano. A notícia foi dada no dia 6 de março no site da Veja on line. O valor da comprou foi de 60 milhões de reais. Com a aquisição, a Saraiva detém 20% do mercado de livros no Brasil.

21/03/2008

Livro: Zenedine Zidane - uma biografia

Jean Philippe (jornalista do Nice-Matin) e Patrick Fort (correspondente da Agência France Presse em Madri) falam sobre a vida, a carreira de Zinedine Zidane, ídolo do futebol francês e um dos maiores jogadores em âmbito mundial no livro Zenedine Zidane - uma biografia. Os autores tentaram falar não do jogador, mas da pessoa, do homem Zenedine Zidane. No decorrer da leitura, o leitor poderá compreender o gesto com o qual Zidane encerrou sua carreira na partida contra a Itália na Copa de 2006. O livro contém um caderno de fotos coloridas do craque.

Segundo a editora Eliana Sá, “estamos felizes por apresentar aos leitores esta biografia de qualidade, em uma edição revista e aumentada. Nossa edição acompanha Zidane até um ano e meio após sua parada – na França, o livro saiu apenas um mês após a Copa do Mundo de 2006. Essa distância no tempo permitiu que os autores pudessem trabalhar mais no capítulo da despedida do atleta e em todo o entorno que acabou resultando no gesto da cabeçada no jogador italiano e em suas repercussões.Também esta nova versão, quase definitiva, vai além, ao destacar uma figura maior: a de Smaïl Zidane, o pai de Zidane. No plano individual, ele funciona como Jean Varraud (o recrutador de ZZ) no plano esportivo, um personagem-chave na história de sucesso de Zizou”.

Leia um trecho aqui.

Editora: Sá Editora
ISBN: 9788588193345
Número de páginas: 256

20/03/2008

“Iglu” para quem quer dormir cercado de livros

Uma firma japonesa de arquitetura – a Point architects em Tóquio - inventou um móvel,em formato de iglu, para quem quer dormir rodeado de livros. A cama fica cercada por uma estante que pode ser preenchida com seus livros favoritos. Assim, o leitor obcecado nunca vai deixar de estar perto de suas preciosidades nem enquanto dorme!






Portal Literal do Terra

O Terra tem um portal literal no qual o leitor vai se esbaldar de tanta informação. Há lugar para: TV Literal (com artigos em vídeo sobre livros), Rádio Literal (para aqueles que preferem as informações apenas em áudio), além de entrevistas, notícias e até mesmo oficinas literárias. O leitor também poderá participar ativamente através de debates e da publicação de seus contos na coluna Exercícios urbanos. Vale a pena conferir: http://portalliteral.terra.com.br/ .

19/03/2008

Transforme os arquivos pdf em livros

Algumas pessoas se queixam da leitura no computador, da impossibilidade de transformar um arquivo pdf em um que possa ser impresso num formato de livro, pois seria mais agradável e custaria menos. Se o problema era esse, o site Bookletcreator.com tem a solução. O leitor insere o arquivo em pdf que é, automaticamente, diagramado, podendo ser impresso e grampeado como algo que se aproximaria mais dos tradicionais livros.

18/03/2008

Domínio Público: livros para download

O Governo brasileiro, para incentivar a leitura, criou um site onde é ter obras de Shakespeare, Joaquim Nabuco, Machado de Assis, assim como a poesia de Fernando Pessoa, livros de literatura infantil, teses e dissertações disponibilizadas para download. É só acessar o site www.dominiopublico.gov.br . Os arquivos estão em pdf.

Segundo o Ministro da Educação, Fernando Haddad, “O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral”.

17/03/2008

Copa de Literatura 2008

A Copa de Literatura é um prêmio diferente, no qual os livros lançados em determinado ano se enfrentam como num torneio esportivo, tendo direito a quartas-de-final e tudo mais. “E cada jogo é decidido por um jurado, que escreve uma resenha para anunciar e justificar sua decisão. Na grande final, todos os jurados votam e elegem o campeão”, explica o idealizador Lucas Murtinho. A Copa foi inspirada na Tourment of books, invenção da revista eletrônica estadunidente The morning News, junto com a editora Powell.

Participam da edição de 2008, livros como O amor não tem bons sentimentos, de Raimundo Carrero (Editora Luminuras); Contramão, de Henrique Schneider (Bertrand Brasil); Era no tempo do rei, de Ruy Castro (Alfaguara); Sonho de uma noite de verão, de Adriana Falcão (Objetiva), entre outros.

A Copa está nas oitavas-de-final. Lá, além de informações sobre os concorrentes, o internauta encontrará informações e links sobre os jurados. Ainda há os resultados da edição de 2007 da Copa. E Lucas adverte que “antes que digam que a Copa dificilmente escolherá o melhor romance brasileiro do ano, adianto que já sabemos disso. O importante é que o campeonato seja divertido e o debate, inteligente”.

16/03/2008

Livro: D. Leopoldina, cartas de uma imperatriz

Cartas de uma imperatriz contém a primeira complicação de cartas escritas e destinadas a Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, imperatriz do Brasil de 1817 a 1826. A pesquisa envolveu instituições e arquivos da Áustria, de Portugal e do Brasil. O lançamento foi feito pela Editora Estação Liberdade com apoio do Banco Itaú.

Dentre as 850 existentes, eles publicaram 315, todas elas inéditas. Elas foram escritas desde a época em que Dona Maria Leopoldina era princesa em Viena até seu falecimento, aos 29 anos. Há correspondência entre ela e o pai (o imperador Francisco I da Áustria), a irmã Maria Luísa (casada com Napoleão), o sogro D. João VI, José Bonifácio e o esposo D. Pedro I. Dessa maneira, tem-se um desenrolar psicológico indo da saída até a chegada da princesa austríaca em um país novo e completamente diferente.

Leia o primeiro capítulo aqui.

Editora: Estação Liberdade
ISBN: 8574481084
Número de páginas: 494

15/03/2008

Autor: Eduardo Bueno



Eduardo Bueno é jornalista, escritor e tradutor. Escreveu sobre a história do Grêmio, time de futebol gaúcho. Também foi o responsável pela tradução de On the road (rebatizado como Pé na estrada em português) de Jack Keroac. Recebeu diversos prêmios, entre ele o Jabuti, em 1999, pelo livro A viagem do descobrimento.

Ele começou a escrever há bastante tempo, porém a popularidade aconteceu quando ele apresentou o quadro É muita história no Fantástico. Apesar de não ser historiador e de receber críticas por isso, ele se tornou um sucesso de vendas ao escrever sobre a História do Brasil.

Apesar de não ser historiador, Eduardo Bueno conseguiu o que tanto queria: “libertar a História das narrativas entediantes e recontá-la num ritmo envolvente e apaixonado”.

Coleção: Terra Brasilis

Eduardo conta a história brasileira em quatro volumes que compõem a Coleção Terra Brasilis, lançada pela Editora Objetiva. Tudo escrito de uma maneira bem humorada e de fácil leitura. O primeiro – A viagem do descobrimento – relata como estavam os portugueses e os fatores que os levaram a “descobrir” o Brasil em 1500.

ISBN: 857302819X
Número de páginas: 112




No segundo livro Náufragos, traficantes e degradados, ele relata a vinda dos primeiros portugueses que realmente habitaram o Brasil (já que Portugal não deu tanta importância a sua maior colônia nos 30 primeiros anos após o descobrimento) e se miscigenaram com os índios. Segundo Bueno, “muitos foram jogados nas praias brasileiras pelo triste acaso de um naufrágio. Outros vieram nas primeiras missões de exploração, condenados ao degrado no país distante, e também havia aqueles que tinham decidido ficar no Brasil, por livre e espontânea vontade”.

ISBN: 8573028203
Número de páginas: 160




Capitães do Brasil
, terceira parte da Coleção Terra Brasilis é acerca dos primeiros donatários, o por que foram eleitos e quais realmente eram as missões deles. O período compreendido na obra vai de 1530 a 1550.

ISBN: 8573028211
Número de páginas: 256





O último da coletânea é A coroa, a cruz e a espada, no qual ele fala sobre o começo da “América portuguesa”, assim como da criação do Governo Federal, da construção de Salvador e da fundação da cidade de São Paulo.

ISBN:
8573028149
Número de páginas: 272



Leia sobre Eduardo bueno clicando aqui.

14/03/2008

Livro: Confissões de um assassino econômico

Este foi escrito por John Perkins, um “assassino econômico”, o qual se arrependeu e resolveu contar a história da manipulação estadunidense relacionada aos países mais pobres, principalmente os da América Latina. O conteúdo é bombástico, tanto que geralmente as editoras que publicaram os livros são de menor porte; no caso do Brasil, a Cultrix. É um livro é para aqueles que são contra o poderio norte-americano e também para os que querem saber as artimanhas feitas pela política econômica deles a fim de influenciar o resto do mundo.

Leia mais aqui.

Editora: Cultrix
ISBN: 8531608805
Número de páginas: 272

13/03/2008

Livro: A felicidade paradoxal

O autor francês Gilles Ripovetsky diz que “na sociedade do hiperconsumo a felicidade é paradoxal”. Para falar sobre esse tema, ele escreveu o livro A felicidade paradoxal – ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. No Brasil, a obra é de publicação da Companhia das Letras.
Gilles argumenta que a civilização atual é a do desejo. Tem-se como slogan “Compro, logo existo”. Ele se fundamenta em uma pesquisa na qual se constatou que a maioria dos franceses diz que o consumo traz felicidade.

Há um imediatismo, porém também há críticas, pois “na sociedade do hiperconsumo a felicidade é paradoxal”. Uma das conseqüências do hedonismo seria o indivíduo se ver como único responsável pelo seu êxito ou pelo seu fracasso. Ele sente-se desamaparado.

O autor - Gilles nasceu em 1944, é filósofo, pesquisador e professor da Universidade de Grenoble, na França.

Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535910933
Número de páginas: 402

12/03/2008

Livro: A noiva da Revolução

Paulo Santos de Oliveira conta, neste livro, o amor proibido entre Maria Teodora da Costa – filha de um rico português – e Domingos José Martins – líder revolucionário. A narração é feita pelo casal protagonista, em forma de um diário. Tem-se, pois, detalhes da revolução de uma maneira gostosa de ler.

“Cinco anos antes do ‘7 de setembro’, ela [a Revolução de 1817] nos deu Governo próprio, Constituição, bandeira, Exército, Marinha e embaixadores; e fez valer aqui, pela primeira vez, os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Das Alagoas ao Ceara, pos a gente do povo em pé de igualdade com os poderosos e anunciou o fim da escravidão”, dizia o historiador Oliveira Lima. Mas, como toda revolução, deixou marcas e lembranças.

Leia trecho aqui.

Editora: Comunigraf
ISBN: 859788588617803
Número de páginas: 407

11/03/2008

Livro: Cultura: um conceito antropológico

Roque de Barros Laraia afirma, nesse livro, que a cultura se sobrepõe a qualquer característica genética. O livro é de fácil compreensão e abrange desde os conceitos de cultura do período do Iluminismo até os autores mais modernos. Sociólogos, antropólogos, estudantes, enfim, todos aqueles que gostariam de compreender um pouco da complexidade do ser humano deveria ler esse livro

Leia mais aqui.

Editora: Jorge Zahar
ISBN: 8571104387
Número de páginas: 120

10/03/2008

Fred Vargas: a dama do romance policial francês

Fred Vargas. Ao ler este nome, pensa-se que se está falando de um homem, não? Errado! Fred Vargas é uma mulher, considerada “a dama do crime”. Trata-se de uma escritora (ela também é arqueóloga, medievalista e trabalha no Centro de Pesquisas Cientificas da França e ainda toca acordeão!) que já vendeu mais de quatro milhões de livros no mundo.

Na verdade, Fred Vargas é o pseudônimo utilizado por Frédérique Audoin-Rouzeau. Vargas é um pseudônimo também utilizado pela irmã: Joëlle, pintora contemporânea que assina como Jo Vargas. O irmão Stéphane também é conhecido na França, pois é um historiador especializado na Primeira Guerra Mundial. Ele inspirou uma das personagens dos romances policiais de Fred Vargas: Lucien Desvernoirs, assim como Stéphane um especialista em história da Grande Guerra.

O primeiro romance de Fred ganhou o Festival Cognac em 1986. Mas esse não foi o único prêmio da autora francesa que já ganhou, pelo O homem do avesso, os prêmios: Prix Sang d'Encre des Lycéens, Trophée 813 du Meilleur roman francophone, ambos em 1999, além do Grand Prix du roman noir de Cognac 2000. Enquanto Fuja logo e demore para voltar ganhou, em 2002, Prix des libraires, Trophée 813 du Meilleur roman francophone (melhor romance em francês) e Grand prix des lectrices de Elle (categoria romance policial), além do Deutscher Krimipreis pela tradução em alemão.

Livro: O homem dos círculos azuis

O homem dos círculos azuis faz parte de uma série de livros escritos de suspence (uma mistura de suspence e de romance policial), por Fred Vargas que viraram sucesso na França. Não é por acaso que Vargas é considerada "a dama do crime" no seu país, tendo vendido mais de quatro milhões de livros no mundo.

Nesse livro, o delegado Jean-Baptiste Adamsberg – personagem também presente nos livros O homem do avesso e Fuja logo e demora para voltar – tem que solucionar um mistério.

Círculos azuis começam a aparecer nas calçadas de Paris. Em cada um, existe uma sucata diferente; tendo-se como exemplos, pombo morto, a cabeça de uma boneca, uma toca de natação... Jean-Baptiste fica intrigado, porém vira motivo de chacota na delegacia. A situação muda quando aparece uma mulher degolada no círculo com a seguinte frase: “Ô Bento, seu azarento, na rua com esse vento?”. A partir de então, o leitor é envolvido numa trama em busca da solução para esse enigma.

Um detalhe interessante é que as laterais das folhas são azuis, assim como a faixa sobre a qual está escrito o nome da autora; ambos fazendo alusão ao título.

Editora: Companhia das Letras
ISBN: 8535908757
Número de páginas: 216

09/03/2008

Livro: Panorâmica do conto em Pernambuco

Essa obra é uma coletânea de contos escritos por 114 autores nascidos em Pernambuco ou que tiveram alguma relação com o estado. Há alguns contos que são inéditos. Eles estão organizados em ordem alfabética, de acordo com o nome dos autores, dentre eles: Gilberto Freyre, Gilvan Lemos, Luzilá Gonçalves, Marcus Accioly, Mauro Mota, Nelson Rodrigues, Osman Lins. Trata-se da segunda obra lançada pelo Instituto Maximiliano Campos.


“Reunimos este conjunto de obras literárias a fim de espelhar o povo pernambucano no cenário nacional, sob a crença de que o escritor concentra os anseios de uma sociedade, catalisa-os, depura-os, para devolvê-los ao mundo em forma de arte, na busca da beleza e da perfeição”, segundo os organizadores Antônio Campos e Cyl Gallindo.

O livro tem letras grandes, papel com marca d’água que proporciona um aspecto agradável e descontraído.

Editora: Escrituras
ISBN: 9788575312251
Número de páginas: 895

08/03/2008

Um site para colecionadores

O site Raridade.com é especialista em obras raras, primeiras edições. “Somos uma loja 100% especializada em obras raras, esgotadas, recolhidas e em edições especiais.” Eles têm a credibilidade de atuar há 15 anos no mercado. “Em nosso site disponibilizamos somente obras de Literatura Brasileira e História, contudo, sob consulta, atendemos a qualquer tipo de pedido.”

Há livros para todos os gostos e orçamentos. Lá, é possível encontrar, por exemplo, a primeira edição de São Bernardo – livro de Graciliano Ramos – por R$ 1.350 ou 1º de abril – de Mário Lago – por R$ 25.

O prazer indescritível de se ter uma primeira edição, um livro raro, o qual já deve conter ele próprio uma história por ter passado de mão e mão, ter sido lido em momentos diversos, por pessoas diferentes... Para um colecionador ter essas obras não tem preço. É uma busca comparada a uma caça. Todavia, com a internet, a busca pode ser facilitada.

07/03/2008

Livro: A procurada


A narrativa de A procurada prende o leitor a cada virada de página. A autora sueca Karin Alvtegen mostra-se uma grande escritora de thrillers (livros de suspense) e também faz de A procurada um livro de protesto e de denúncia ao mostrar como a sociedade européia trata os menos afortunados. O livro foi considerado o melhor thriller sueco de 2001. O enredo também foi adaptado para a televisão britânica e teve os direitos para o cinema comprados pela Universal Pictures.

Sybilla Forsentröm tinha tudo para levar uma vida, haja vista que os pais eram ricos e ela poderia ter uma boa educação. A questão é que dinheiro não compra tudo... A mãe de Sybilla se mostrava uma pessoa mesquinha, a qual só se importava com a posição social e a imagem perante os outros. O desequilibro familiar influenciou a vida da garota (que se tornou alcoólica e dependente química), expulsa de casa ao engravidar aos 17 anos. A partir de então, ela viveu uma vida de privações e teve que se virar como podia, algumas vezes até aplicando golpes. Todos os seus pertencentes resumiam-se ao que continha numa mochila. O seu objetivo principal é conseguir comida e um teto para se abrigar na cidade de Estocolmo, não importa o que tenha de fazer para conseguir.

Numa noite, Sybilla encontra-se no lugar errado, na hora errada. Esse “erro” fará com que ela – agora aos 32 anos – seja acusada de um assassinato que não cometeu. Começa-se então a caça, a procura pela mulher misteriosa, supostamente a última a ver a vítima. Paralelamente Sybilla vai encontrar com o passado e resolver assuntos que ficaram para trás, sem resposta.

Editora: Record
ISBN: 8501067903
Número de páginas: 349

06/03/2008

Tecnologia: Kindle, o leitor digital

Muitas pessoas se perguntam o que acontecerá com os livros nesse mundo que cada vez está mais digital. A Amazon talvez tenha trazido uma das respostas: Kindle. Com ele é possível acessar a mais de 88 mil livros, dentre os quais, mais de 100 best sellers eleitos pelo New York Times. Pode-se ter milhares de obras no bolso, o que não acontece com os tradicionais livros. O preço: US$ 399.

Pode-se acessar à loja do Kindle através de uma conexão wireless, pela qual o usuário não pagará. Cada novo livro custará US$ 9,90. Também é possível ter revistas e jornais no Kindle. No primeiro caso, o download de revistas custa entre US$ 1,25 e US$ 3,49 por mês; já no segundo, entre US$ 5,99 e US$ 14,99 também por mês. E ainda tem mais, pois os fãs de blogs poderão acessá-los por US$ 0,99.

A bateria do Kindle dura em torno de dois dias e só se leva apenas duas horas para recarregá-la. Agora não se pode ter mais a desculpa de que os livros “pesam” demais. Milhares deles podem estar na palma da mão.

Clique aqui para conhecer a Kindle store.

05/03/2008

Coleção: Quando um rei perde a França - volume 7

No último livro da série, o estilo da narrativa muda completamente. O narrador está na primeira pessoa, na pele do cardeal Hélie de Talleyrand-Périgord. A França atravessa uma situação periclitante. O rei João II torna-se prisioneiro de Eduardo, o príncipe de Gales. A França está nas mãos dos ingleses e começa a Guerra dos Cem Anos. É contando o início dessa longa guerra e como estava a sociedade francesa que Maurice Druon encerra a série que foi considerada modelo do romance histórico contemporâneo.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528611892
Número de páginas:
266

Coleção: A flor-de-lis e o leão - volume 6

A disputa pelo reinado da França continuava, mas não tardou a Eduardo III ser coroado, situação que não satisfaziam os franceses que rejeitavam um rei inglês. Roberto de Artois, então, não teve problema em conseguir fazer Felipe de Valois (filho de Carlos de Valois, irmão de Felipe, o Belo) tomar o trono. Era o fim da dinastia capetiana e início da dos Valois.

Entretanto, apesar de conseguir ter colocado Felipe de Valois no trono da França e de ter grande influência sobre ele - uma vez que era seu cunhado - Roberto de Artois não conseguia recuperar o condado de Artois, que estava nas mãos de sua tia Matilde. E para recuperá-lo, ele fará de tudo: subornar, mentir e até matar. Enquanto isso, na Inglaterra, Eduardo III reinava e fazia de Roberto de Artois um de seus principais conselheiros e conde de Richmond.

Mais uma vez, Maurice Druon escreve um romance histórico para prender o leitor que aprende a história do reinado francês de uma forma cativante...

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528611892
Número de páginas: 322

04/03/2008

Coleção: A loba da França - volume 5

A França passa por um período turbulento. Felipe V, então rei, continuou o planejamento político do pai, readmitindo até Enguerrand de Marigny, ministro de Felipe IV e que havia sido afastado durante o reinado de Luís X. Mas o reinado de Felipe foi curto, durou apenas seis anos. Em 1321, ele morreu devido a febres e desinteria, comenta-se que conseqüência de um envenenamento.

Como não havia deixado descendentes masculinos, o trono passou para o irmão caçula: Carlos, o Belo, que se tornou Carlos IV. Ele também estava obstinado a encontrar uma esposa de origem capetiana para continuar a dinastia, já que sua esposa tinha sido implicada no escândalo da Torre de Nesle.

Por conta dos enormes gastos feitos pelos reis anteriores, Carlos IV aumentou os impostos. Apesar de agir com rigor, ele não pode conter as incursões feitas pelos gascões apoiados pelos ingleses em território francês.

A irmã de Carlos IV, Isabel de França, reinvidicava o trono francês para o filho Eduardo III, através da regência dela juntamente com Roger Mortimer, barão de Chirk e amante de Isabel. Ela ficou conhecida como A loba da França depois da revolta dos barões que tiraram o trono de Eduardo II, já que foi ela que ajudou no destronamento do marido. Fazendo jus a sua alcunha, foi com a ajuda da rainha, Mortimer consegue invadir e se apossar da França.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528611418
Número de páginas: 322

03/03/2008

Coleção: A lei dos varões - volume 4

Com a morte de Luís X, a França estava sem rei e também sem um papa por conta do falecimento de Clemente V. A Cisma da igreja e a guerra civil estavam instauradas. Mas um problema parecia ser maior que todos esses, pois era a primeira vez que um rei não deixara herdeiros.

Como a rainha estava grávida quando o marido morreu, não se sabia quem seria o sucessor do trono. Uns diziam que o trono deveria ficar com o bebê, caso fosse um menino (o que veria, obviamente, a ser confirmado com o nascimento de João); outros que quem deveria ser coroada seria Joana, a filha primogênita de Luís X; enquanto ainda tinham aqueles que defendiam o reinado de Felipe, irmão de Luís X, segundo filho de Felipe, o Belo.

João I morreu alguns dias após o nascimento, em circunstâncias misteriosas até hoje, durante a apresentação do herdeiro aos barões. Sendo assim, a dúvida permaneceu... quem seria o novo rei? Por conta da traição de Margarida de Borganha, decidiu-se não coroar a filha de Luís X, a qual alguns – os contra o reinado de uma mulher - diziam não se ter certeza nem se era filha legitima do rei francês.

Foi então que se decidiu por dar o reino ao segundo filho de Felipe, o Belo, o qual se tornou Felipe V, o Caolho. Foi ele que promulgou a lei sálica, a qual dizia que uma mulher não podia governar a França.

A lei dos varões relata o período de 1316 a 1317, que compreende a luta pela regência do trono francês até a coroação de Felipe, o Longo.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528610632
Número de páginas: 263

02/03/2008

Coleção: Os venenos da coroa - volume 3

Luís, o Teimoso, agora é Luís X, rei da França, o qual se mostra incompetente e delega o poder informalmente ao seu tio: Carlos de Valois. Todos os que apoiavam o rei Felipe, o Belo, estavam presos e a fome assolava a França.

Luís casou-se novamente com Clemência da Hungria, cuja origem também era capetiana. Da união, nasceu João I, o Póstumo, o qual deve este apelido por ter nascido após a morte do pai.

Os venenos da coroa fala acerca do reinado de Luís X e das artimanhas que existiam para se tomar o reinado da França.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528610586
Número de páginas: 224

01/03/2008

Coleção: A rainha estrangulada - volume 2

A morte de Felipe, o Belo, é marcada por coincidências atribuídas a uma lenda que diz que Jacques Molay, enquanto estava na fogueira, amaldiçoou o rei Felipe IV, o Papa Clemente V e o ministro Guilherem Nogaret. Segundo a profecia eles morreriam um ano depois. Coincidência ou não, Felipe, o Belo morreu em conseqüência de um ataque de javali. O coração de Felipe, assim como a cruz dos Templários foi levada para o Mosteiro de Poissy, onde ficaram até 1695. O que aconteceu? Um raio atingiu a igreja do mosteiro destruindo-o quase que completamente e destruindo tanto o coração de Felipe quanto a cruz.

A morte de Felipe fez seus filhos varões subirem ao trono sucessivamente. Porém eles não ficaram no trono por muito tempo, pois logo faleceram. Luis X foi o primeiro na sucessão já que era o primogênito de Felipe IV e Joana de Champagne, rainha de Navarra.

A obsessão por gerar um herdeiro que continuaria a dinastia capetiana rendeu a Luis X o apelido de o Teimoso. Com esse objetivo, Luís casou-se com Margarida de Borgonha. Do casamento nasceu não um menino para herdar o trono, mas uma garota chamada Joana.

Margarida de Borgonha e Branca de Borgonha (que casou com Carlos, irmão de Luís X) foram acusadas de adultério pela cunhada: Isabel da França, filha de Felipe, o Belo, e rainha da Inglaterra. O acontecimento ficou conhecido como Caso da Torre de Nesle.

A acusação não poderia passar impune, então, Margarida foi aprisionada numa masmorra em Château-Gaillard. Diz-se que ela morreu de tuberculose, pois a punição era além do isolamento ficar exposta aos ventos, já outros afirmam que foi estrangulada.

A esposa de Felipe V, Joana de Borgonha – irmã de Margarida e de Branca – fora isolada numa fortaleza em Dourdan. Um ano depois, por causa da influência da mãe, ela conseguiu ser libertada.

A rainha estrangulada mostra toda essa história entre novembro de 1314, com a morte de Felipe, o Belo, até a disputa entre grupos liderados de um lado por barões, conduzidos por Carlos de Valois, irmão de Felipe, o Belo; e, por outro por Enguerrand de Marigny. No livro, ele também conta a história de Guccio Baglioni, cujo papel será importante no desenrolar da série.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528610381
Número de páginas: 266

29/02/2008

Coleção: O rei de ferro – volume 1

O primeiro volume da série é O rei de ferro. Ele é um romance histórico baseado no reinado de Felipe, o Belo, que governou a França de 1285 a 1314 e era o décimo primeiro rei da dinastia capetiana.

Felipe ficou conhecido por governar com rigidez. Falava-se que sobre seu regime, “a França era grandiosa e os franceses infelizes”. Teve três filhos (Luís X, o Teimoso; Felipe V, o Caolho e Carlos IV, o Belo), os quais assegurariam sua dinastia e casou a filha Isabel com o rei Eduardo II da Inglaterra.

Felipe, o Belo, tinha alianças até na Rússia e era bastante rico. Para sustentar o padrão de vida, aumentava o valor do ouro e diminuía o peso. As revoltas eram constantes, mas tudo e todos deveriam curvar-se perante o rei. Somente um poder ousou enfrentá-lo: Ordem dos Cavaleiros do Templo, uma mistura de organização militar, religiosa e financeira. A independência dos Templários assustava Felipe e o tesouro deles o invejava.

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão ficou mais conhecida como Ordem dos Templários e foi criada por nove cavaleiros de origem francesa. O objetivo principal era a proteção dos peregrinos que iam a Terra Santa durante as Cruzadas. Todavia, a importância econômica e política da Ordem aumentaram quando começaram a ser doadas terras à ordem por toda a Europa.

A Ordem cresceu tanto que assustou Felipe e o Papa Clemente V, o qual afirmou ter uma visão e acusou os integrantes da organização de heresia e outros comportamentos de blasfêmia. Os cavaleiros foram perseguidos, mortos, torturados, queimados nas fogueiras. Porém o objetivo do rei francês não foi alcançado. Ao tentar se apossar do tesouro da Ordem, os sobreviventes já haviam partido misteriosamente. O destino que teriam tomado é incerto: talvez Portugal, Inglaterra ou Escócia.

Foi contra os Templários que foi montado o mais longo processo da história, o qual durou cerca de sete anos e teve mais de 15 mil acusados! A história do primeiro volume da coletânea Os reis malditos começa no término do sétimo ano com a morte do grão-mestre da Ordem - Jacques de Molay – em 1314 e termina com a coroação de Felipe VI como rei em Reims em 1328.

Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528610381
Número de páginas: 266

Coleção: Os reis malditos

Quem gosta de história e particularmente da francesa, não pode deixar de ler a coleção Os reis malditos, escrita por Maurice Druon entre 1955 e 1977. Ela conta a história da monarquia francesa indo de Felipe, o Belo até o começo da Guerra dos Cem anos. A coletânea fez tanto sucesso que já foi traduzida para mais de 30 línguas e vendeu milhares de exemplares em diversos países. Chegou até a ganhar uma versão televisiva na década de 70 e também um remake exibido em 2005 na França e no Canadá.

Maurice Druon nasceu em Paris em 23 de abril de 1918 e é membro da Academia Francesa. Homem político, ele foi nomeado Ministro da Cultura por Georges Pompidou em 1973. Um detalhe curioso é que Maurice é bisneto de um brasileiro do Maranhão: o escritor, jornalista e político Odorico Mendes.

Livro: Memórias do assassino de Sissi

Duas pessoas tão diferentes, porém, sem saberem bastante parecidas. Algoz e vítima... o encontro no dia 10 de setembro de 1898 iria mudar para sempre o destino de ambos, que teriam o mesmo fim: a morte.

Memórias do assassino de Sissi é um livro de leitura fácil, do ponto de vista da linguagem não rebuscada, mas de difícil compreensão ao se analisar o caráter do assassino da imperatriz da Áustria, imortalizada no cinema através da apresentação de Romy Schneider.

A vida de Elisabeth da Baviera estava longe de ser um conto de fadas; casara-se com apenas 15 anos com um homem pelo qual nutria apenas respeito e admiração. Perdeu o filho - Rudolf - quando ele tinha 30 anos e cuja morte em um dos mistérios históricos. Admite-se que tenha se suicidado, porém há várias teorias, dentre elas a de que era contra o regime monarquista. Com a morte de Rudolf, ela tornou-se a dama de preto e nunca tirou o luto.

Já a vida de Luigi Lucheni estava mais perto de ser um pesadelo ou de não ser nem “vida”, se não fosse pelo coração que batia e pelas funções vitais que seu corpo exercia. A complexidade da obra está no próprio Lucheni que, à medida de que se mostra cruel, frio, calculista, transforma-se em uma pessoa letrada e obcecada por livros.

Talvez tenha matado Sissi para se sentir superior, tão importante e famoso quanto qualquer aristocrata, talvez tenha sido apenas a vontade de ter ser visto por alguém, mesmo de que uma maneira negativa, para comprovar para si mesmo que existia e que não era “ninguém”.

O livro tem dois autores: Santo Cappon, cujo pai era colecionador e, por um acaso, comprou os diários de Lucheni, e o próprio Luigi Lucheni que tem suas memórias publicadas. Tanto que a página que traz as indicações sobre autores e tradutor tem o seguinte conteúdo: “Memórias do assassino de Sissi, História de um menino abandonado no fim do século XIX contada por ele mesmo. precedidas e seguidas por a história do assassinato de Elisabeth (chamada Sissi), imperatriz da Áustria e rainha da Hungria, relatada por Santo Cappon”. Até no título do livro, percebe-se que Cappon quis enfatizar a história de Luigi, ele como escritor e conformou-se em ficar em um segundo plano.

Os relatos feitos por Lucheni são bastante interessantes e mostram uma realidade social esquecida. Em pleno século XIX, após grandes revoluções tão próximas como a Francesa, a Itália vivia um período de pobreza incalculável e um grande império ainda reinava com nobres e aristocratas.

Santo Cappon deixa claro não acreditar na versão de suicídio cometido por Luigi Lucheni na prisão. “Na opinião de todos, às 17h55 ou 18 horas, ele gritou forte. Era, precisamente, a hora da ronda que, com o conhecimento de causa julga inútil intervir naquele momento. Em caso de intervenção imediata, Lucheni poderia ter sido salvo. Lucheni teria escolhido, precisamente, a hora da ronda para seu ‘simulacro de suicidio’. Como ele poderia saber a hora sem relógio, na escuridão total e longe de qualquer barulho exterior? Somos tentados a encontrar uma explicação ‘sob medida’ própria para justificar a coincidência do suicídio e da passagem da ronda, assim como a respectiva não-intervenção...”

Cappon afirma que a morte de Luccheni foi, para alguns, providencial. E ainda dia “que se acredite na tese ou não de suicídio, que se declare o óbito com certeza... Luigi Lucheni morreu por ter visto desaparecer a única dignidade que lhe restava: sua memória”. É como se Santo Cappon sentisse a obrigação de continuar algo que fora começado por Lucheni, o qual não tinha voz e sonhava em ter suas memórias lidas pelo mundo para mostrar as injustiças cometidas não só contra ele, mas contra todas as crianças que viviam como escravas e objetos na Itália do início de século XIX. Além disso, ele nutria um desejo de ter sua vida lida pela mãe, a qual o havia abandonado desde o nascimento, e, que morava em San Francisco, nos Estados Unidos, na época do crime.

O processo de Lucheni, os estudos de teóricos da criminologia como César Lombroso são contados com detalhes. O livro traz fotografias de Sissi, do assassino, assim como dos documentos relativos ao caso. Não se trata de um livro defasado, porém atual que chega até a fazer referência a um musical alemão de Michael Kunze e Sylvester Levay sobre a vida de Sissi e único lugar onde Lucheni recebera um papel de significativa importância. A obra ainda mostra como Sissi e seu assassino eram tão próximos: incompreendidos, com infâncias podadas, ávidos por cultura, sem uma formação religiosa e tendo a escrita como única maneira de expressar os sentimentos.

É um livro que mostra o outro lado da moeda: o do assassino, assim como que fome não é apenas aquela de pão, todavia a de cultura, de conhecimento de leitora. Fome essa que pode trazer mais conseqüências e mais descontentamento do que a fome propriamente dita.

Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788599560112
Número de páginas: 200

28/02/2008

Livro: Meu nome não é Johnny

Seguindo a onda da divulgação simultânea de livros e filmes (como no caso do filme Tropa de elite e do livro A elite da Tropa) foi lançado Meu nome não é Johnny, escrito por Guilherme Fiúza, o qual teria sido a inspiração do longa metragem. Enquanto você pode assistir nas telonas o talentoso Selton Mello, também pode ler a biografia de João Guilherme Estrella, jovem de classe média alta da Zona Sul carioca que virou traficante de drogas nos anos 90. O livro é narrado em forma de thriller o que serve para prender a atenção do leitor.

Um artifício que as editoras usam para associar os livros com os sucessos das bilheterias nacionais e mudar a capa do livro. A primeira edição de Meu nome não é Johnny foi escrita antes do filme, porém depois do lançamento nos cinemas, a segunda edição ganhou uma foto de Selton Mello encarnando o protagonista do filme homônimo.

O livro está na posição entre os livros mais vendidos de não-ficção da revista Veja.

Editora: Record
ISBN: 850108154X
Número de páginas: 336


Leia trecho aqui.

27/02/2008

Livro: O menino do pijama listrado

Esse livro é uma obra ficcional escrita pelo irlandês John Boyne (a tradução para português foi feita por Augusto Pacheco Calil). O enredo é similar ao de O ano em que meus pais saíram de férias centralizando-se na estória de um garoto inocente fora da “realidade” de seu tempo, sem saber de fato os acontecimentos. Em vez de Mauro , o garoto se chama Bruno (9 anos), no lugar da ditadura brasileira, lê-se sobre o tempo da II Guerra Mundial e do Holocausto.

Trata-se de um livro sobre da verdadeira amizade em temos difíceis que une Bruno e Shmuel separados por uma cerca, na qual atrás dela há apenas pessoas com “pijamas listrados”. Aos poucos o garoto vai descobrindo o que ocorre ao seu redor e como o pai está ligado a esses fatos.

Uma curiosidade acerca do livro é que ele foi, durante um ano, o mais vendido na Irlanda. No Brasil, segundo a revista Veja, é o 11º na lista dos livros de ficção.

Editora: Companhia das Letras
ISBN:
9788535911121
Páginas: 192

Leia trecho aqui.

Livro: Hiroshima

Hiroshima, 06 de agosto de 1945. Foi para registrar esse acontecimento, que John Hersey, escreveu uma reportagem especial para a revista The New Yoker. Ele entrevistou seis sobreviventes um ano após a tragédia, porém faltava algo... Hersey queria mais, ele desejava saber como estavam as personagens da entrevista quarenta anos depois do dia que mudou a vida delas, aquele que acabou com a de milhares de japoneses e chocou o mundo inteiro.

Dessa maneira, ele transformou a reportagem um livro cheio de detalhes. É tão verdadeiro e detalhista ao ponto de causar náusea quando se lê determinados fragmentos. É preciso deixar o sentimentalismo um pouco de lado, caso queira chegar até a última página. Entretanto, você não irá se arrepender. Depois de ler Hiroshima verá que realmente é preciso dar um basta no egoísmo humano e lutar pela paz, já que o custo de uma guerra é altíssimo.

Apelidade de Little boy, a bomba não tinha nada de um garotinho inofensivo e matou mais de 140 mil pessoas. A destruição foi tamanha que o pavor de uma nova guerra usando armas nucleares mobiliza todos as nações.

O autor – Por ironia do destino, John Hersey nasceu em um país socialista: na China, em 1914. Lá ele viveu até 11 anos, mudando-se com a família para os Estados Unidos. Estudou em Cambridge e Yale. Foi condecorado com um dos prêmios mais cobiçados pelos jornalistas: o Pulitzer em 1945 pelo livro ficcional A Bell for Adano. Faleceu em 24 de marco de 1993, na Flórida.

:: Hiroshima faz parte da coleção Jornalismo literário lançado pela editora Companhia das letras, da qual faz parte também.

Editora: Companhia das Letras
ISBN: 8535902791
Número de páginas: 176

26/02/2008

Livro: O Almanaque do Carnaval

A festa do rei Momo já passou, mas os eternos foliões vão poder ler O almanaque do Carnaval, escrito pelo historiador André Diniz. Ele conta desde a história da festa mais popular do mundo até as origens dos gêneros musicais mais tocados nesse período, como o samba, o frevo e o axé. A editora é Jorge Zahar, a qual tem entre várias publicações Mozart – sociologia de um gênio e O mistério do samba.

Editora: Jorge Zahar
ISBN: 8537800473
Número de páginas: 272

Livro: O poder que seduz

E quem diria que no país onde tudo acaba em pizza, a estória de Renan Calheiros e Mônica Veloso ia acabar em livro?! A coadjuvante de um dos maiores escândalos políticos do país é autora de O poder que seduz, mas o livro já está defasado, haja vista o bombardeamento de informações sobre o caso. Entretanto, se você quiser saber sobre fofoquinhas sobre o relacionamento dela com Calheiros e, se os leitores masculinos quiserem ter um livro com uma bela fotografia na capa, é só correr para livraria e comprá-lo.

Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788599560242
Número de páginas: 192

25/02/2008

Livro: Relações internacionais contemporâneas

A queda do muro de Berlim foi apenas o símbolo de algo que teve suas raízes desde antes das duas guerras mundiais. A política externa e a diplomacia não são algo recente, porém muito mais antigo do que se imagina. É isso que mostra o autor José Augusto Guilhon Albuquerque no livro Relações internacionais contemporâneas – A ordem mundial depois da Guerra Fria.

Ele faz analogias entre a Guerra Fria (período em que o mundo dividiu-se em dois blocos: os dos socialistas – seguidores das URSS – e o dos capitalistas – liderados pelos EUA) e a Guerra do Peloponeso, na qual Esparta derrotou a hegemonia de Atenas. O autor também mostra algumas perspectivas com relação ao Mercosul e o papel do Brasil no mundo globalizado.

Ele é um livro não apenas para estudantes de Relações Internacionais, como para jornalistas, estudantes de sociologia, de direito ou apenas para aqueles que querem entender um pouco mais sobre os acontecimentos atuais e os seus motivos.

Um diferencial são os exercícios que o livro traz, com as respectivas respostas, o que ajuda o leitor/estudante a fixar o conteúdo.

José Augusto Guilhon de Albuquerque é pesquisador e professor de Ciências Políticas do departamento de Economia na Universidade de São Paulo. Ele é mestre e doutor em Sociologia do Desenvolvimento pela Université Catholique de Louvain.

Editora: Vozes
ISBN: 8532631193
Número de páginas: 200

Coleção: Guias para mochileiros

Os amantes de viagens, principalmente os mochileiros, não podem deixar de ler os guias da coleção “O viajante”, escritos por Zizo Asnis & Os Viajantes. Nos guias do Chile e da Argentina, por exemplo, você encontrará informações sobre a história, geografia, povos e costumes; tudo dividido por região e cidade, o que facilita o plano de viagem.

Zizo Asnis dá dicas de planos de viagens para os que vão passar desde uma semana até um mês em cada país. Há até um texto auxiliando no pré-planejamento da viagem. Ainda há um miniguia para quem vai andar de carro pelo Chile e pela Argentina, além de um pequeno dicionário português-espanhol. Também se tem informações sobre albergues com os respectivos preços e opiniões do escritor.

Um fato curioso – e muito prático – é a fitinha que tem nos livros, a qual funciona como marcador de livros, justamente para você que - tenho certeza – não deixaria de andar pelas ruas de Santiago nem de Buenos Aires com o guia na mochila.








Editora:
O Viajante - Trilhos
ISBN: 8587896040
Número de páginas: 440













Editora: O viajante
ISBN: 9788587896056
Número de páginas: 385













Editora: O Viajante - Trilhos
ISBN: 8587896024
Número de páginas: 876













Editora: O Viajante - Trilhos
ISBN: 8587896016
Número de páginas: 808











Editora: O Viajante - Trilhos
ISBN: 8587896032
Número de páginas: 166







Zizo Asnis

Se há um assunto sobre o qual Zizo Asnis entende é sobre viagens... Ele trancou a faculdade de publicidade em 1989 (ano emblemático) para ir para a Europa. Só que não tinha nem dinheiro e muito menos informação. Persistente, foi parar em Londres, onde arrumou um emprego de lavador de pratos e juntou uma grana para “mochilar” pela Europa.

Ao voltar, ele se perguntou: “por que afinal, não existe nenhum guia de viagens em português incentivando os brasileiros a viajar pelo mundo?”. Essa dúvida o inquietava e, enquanto tinha voltado a cursar publicidade em Porto Alegre, ele auxiliava os amigos com planos para viagem no Velho Continente.

A paixão pelo contato com culturas diferentes e novos povos foi tanto que, depois de formado, ele voltou para a Europa e ficou por lá durante dois anos. Mais uma vez deu duro no trabalho com o objetivo de juntar dinheiro e, dessa vez, foi conhecer a Ásia.

Foi da ânsia de ajudar mochileiros inexperientes que surgiu, em 1999, o site O viajante – www.oviajante.com - primeiro a manter em contato a comunidade mochileira no país. Ele também chegou a organizar uma comunidade de universitários que percorraram 21 países europeus em busca de mais informações sobre cada local. Dessa maneira, surgiu O guia para viajante independente na Europa. O qual foi seguido pelo O guia para viajante independente na América do Sul, O Viajante Argentina, O viajante Chile.

Devido ao sucesso dos guias, a editora resolveu apostar em literatura viajante e publicou, em 2004, o livro Uma estrada para o Chile de Alberto Schwanke.